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quinta-feira, 28 de março de 2013

Esquema de Revisão para Avaliação - Revolução Industrial


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL




Revolução industrial inglesa

Introdução:


O que foi: A Revolução industrial foi a generalização do modelo fabril pela Inglaterraque ocorreu no período de 1780 a 1840. Esse modelo fabril é caracterizado pelaconjugação do trabalho humano coletivo com o uso de máquinas. Diferentemente dasmanufaturas, onde as ferramentas pertenciam aos próprios trabalhadores, nas fábricas asmáquinas pertencem ao industrial que emprega a mão-de-obra em regime assalariado.Mais importante que os avanços técnicos desta revolução são as conseqüências sociaisque ela trouxe.. Conseqüências: A principal conseqüência da Revolução Industrial é, talvez, osurgimento da classe operária. Essa classe operária é formada por ex-camponesesexpulsos do campo pelo processo de capitalização do campo inglês e também por ex-artesãos que não podem mais competir com a produção dessas novas indústrias. Esseshomens vão vender o único bem que lhes resta, sua força de trabalho ficandodependente de quem possui a fábrica e as máquinas, o industrial. Existe uma parcela detrabalho que não é paga ao operário, é a mais-valia.

Expansão da Revolução Industrial: Em diferentes dimensões, a Revolução técnica esocial que se inicia na indústria têxtil inglesa se estenderá a todos os campos.Primeiramente, outras indústrias e empresas na Inglaterra adotarão o modelo e atecnologia das primeiras indústrias. A agricultura também passará por umamodernização em decorrência das mudanças nas fábricas. Ainda, a industrialização nãoficará restrita à Inglaterra, ela se espalha para outros países no século XIX.

Por que a Revolução Industrial correu na Inglaterra?.

Transformações no campo: As mudanças no campo inglês ocorridas principalmente doséculo XVI ao XVIII que levam à concentração das propriedades rurais em poucasmãos e à consolidação das figuras do arrendatário e do assalariado rural vão serdeterminantes para a Revolução Industrial. Por um lado, aumenta-se a produçãoagrícola permitindo o aumento da população. Ainda, gera-se uma classe ruralconsumidora dos bens produzidos nas cidades e é liberada uma mão-de-obra do campo para as cidades no interior da Inglaterra.

Mercado interno e externo: Só se criariam máquinas que fazem muito mais produtosque as pessoas em um modo de produção artesanal podem consumir porque havia umaforte demanda. Os tecidos de algodão tinham uma grande procura tanto na sociedadeinglesa como em toda Europa e América. Montou-se uma poderosa produção dealgodão no Sul dos Estados Unidos que serviram de base para essa indústria. Osprodutos de algodão produzidos industrialmente eram baratos, podendo ser consumidospor qualquer trabalhador livre. Tanto o mercado interno como o externo foramimportantes para criar essa enorme demanda.

Onde: As indústrias não surgem na cidade de Londres, mas no interior da Inglaterra,onde há depósitos de carvão e ferro usados nas indústrias e onde há a população que saido campo sem emprego


As máquinas: As máquinas da Revolução Industrial são muito simples, utilizando-sede conhecimentos adquiridos no século XVII. Apenas em meados do século XIX, aprodução científica será voltada diretamente para a criação de técnicas e tecnologia industriais.


A energia: Inicialmente as fábricas vão utilizar energia da combustão do carvão eenergia hidráulica que, na verdade, não eram novidades. O carvão e o ferro serãoexplorados como nunca no interior do país.

As conseqüências da Revolução Industrial

As ideias: Em função de uma nova nação industrial, surgirá a escola clássica deeconomia que defende a não-intervenção do Estado na economia e a liberalização docomércio através das baixas taxas de alfândega.São os liberais como Smith, Malthus e Ricardo. Ora, em um momento em que aInglaterra é a ‘oficina do mundo’, é muito favorável a este país uma política universalde não intervenção na economia e baixas taxas alfandegárias, o que abriria todos osmercados para os produtos industriais ingleses. Assim, a Grã-Bretanha permaneceriasendo a única nação industrializada do planeta. De fato, neste momento toma forma a‘Divisão Internacional do Trabalho’, onde alguns países são especializados na produçãode bens industriais – neste momento apenas a Inglaterra – e outros se especializam naprodução de bens primários.

A emergência do capital industrial: Com a consolidação das fábricas, fortalecem-se osindustriais – também chamados de burguesia industrial –, logo superando em riqueza epoder as classes proprietárias de terras e os grandes comerciantes. Eles formarão aclasse hegemônica da sociedade inglesa e, logo, irão dominar a política daquele país.

As condições de trabalho: Os trabalhadores nas indústrias e minas viviam emcondições de superexploração. Não havia qualquer regulamentação por parte dogoverno, o que levava ao trabalho infantil, o trabalho com alta periculosidade, semférias, nos sete dias por semana, por mais de dez horas diárias, com salários irrisóriosetc. Alguns presos e ‘vagabundos’ – entenda-se, desempregados – eram obrigados atrabalhar nas fábricas.


A resistência operária, os luditas e cartistas: Os operários não aceitaram quietos essasituação. Reuniram-se e organizaram-se. Primeiramente, puseram a culpa nas máquinas,eram os luditas que quebravam máquinas e eram duramente perseguidos pela polícia.Para estes, as máquinas eram as culpadas por suas péssimas situações. Depois, houveuma mudança de estratégia e decidiu-se pela paralisação do trabalho, as greves, comuma ‘carta’ com reivindicações trabalhistas e políticas, já que essas classes não tinhamnenhum direito político. Eram os cartistas, que mostraram mais sucesso, apesar dassucessivas repressões patronais e da polícia. Este deu origem ao moderno sindicalismo.

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