Na passagem da Idade Média para Moderna ocorre o processo de centralização do
poder político, com o surgimento das monarquias nacionais, quando os reis
começaram a concentrar o poder em suas mãos. Esse processo encontra três
momentos bem demarcados: uma fase feudal, onde os reis assumem um maior
destaque entre seus vassalos, transformando o poder de direito em poder de
fato; uma fase moderna (entre os séculos XV e XVI), onde os monarcas criam suas
próprias instituições, como exércitos, leis e moedas nacionais; uma fase de
consolidação (entre os séculos XVI e XVII), onde a burocratização atinge seu
apogeu, definindo o conceito moderno de Estado.
Na Inglaterra em meados do século XVI, o governo da rainha Elizabeth,
representa o apogeu do absolutismo. A consolidação de uma monarquia
absolutista, centralizada, foi um elemento importante para o notável
desenvolvimento econômico do país no século XVII. Para isso, os governos de
Henrique XVIII e de sua filha Elizabeth I, foram decisivos, pois unificaram o
país, dominaram a nobreza, afastaram a ingerência do poder papal, criaram a
igreja nacional inglesa, confiscaram as terras da Igreja Católica e obtiveram
êxito na disputa de domínios coloniais com os espanhóis.
Filha de Henrique VIII e Ana Bolena, Elizabeth assumiu o poder em 1558, após a
morte de sua meia irmã Maria Tudor, governando a Inglaterra até 1603. Sua forma
absoluta de governo, sempre tentou evitar a convocação do Parlamento, criado
pela Magna Carta de 1215, de quem dependia a aprovação da cobrança de impostos.
O Igreja Anglicana, criada na Inglaterra por Henrique VIII, que mesclava
características católicas e calvinistas, foi utilizada com sabedoria pela
rainha, que valorizando o conteúdo calvinista, pressionava a nobreza (de
maioria católica), ao mesmo tempo em que obtinha apoio da burguesia (de maioria
calvinista).
Elizabeth I demonstrou todo seu poder, quando mandou decapitar sua prima
católica Mary Stuart, rainha deposta da Escócia, apoiada pelo papa e pelo rei
Filipe II da Espanha. Em 1558, ao destruir a Invencível Armada enviada pelos
espanhóis, contribuiu para o início da hegemonia inglesa na navegação e no
comércio internacional com o estímulo para construção naval, resultando num
grande avanço econômico, com destaques para indústria de tecidos de lã e para
exploração das minas de carvão. A formação da Companhia das Índias Orientais
dominou grande parte do tráfico de escravos africanos para a América. A
concessão de monopólios protegia as companhias comerciais e a elevação de impostos
alfandegários garantia o êxito da indústria de manufaturas.
mais importante organização militar da
idade média - a cavalaria - desenvolveu-se a partir do século
IX, como expressão da própria maneira pela qual se estruturava a sociedade
feudal. Segundo as leis não escritas daqueles tempos, só os primogênitos dos
senhores da terra tinham direito integral à herança dos bens paternos. Desse
modo, os demais filhos eram nobres sem fortuna - sem meios de consegui-la pela
atividade econômica, não só porque negociar era considerado atividade indigna de
um barão, mas também porque a Igreja condenava a obtenção de lucros através do
comércio.
Que meios restavam então aos indivíduos que aspirassem a conquistar
prestígio, poder e fortuna? Os empreendimentos militares ou a pura e simples
aventura. Assim, começaram a aparecer, em diversos países da Europa, grupos de
homens armados e turbulentos, que volta e meia espalhavam o terror entre as
populações camponesas, saqueavam os viajantes e assolavam aldeias e vilarejos.
Em suma, eram bandidos como quaisquer outros. Com uma diferença: tinham
ascendência nobre.
Mais tarde, as coisas mudaram bastante. Em primeiro lugar, a partir do século
XI a cavalaria ficou organizada segundo normas mais precisas e os cavaleiros
hierarquizados, sendo utiizados brasões como forma para sua classificação e
reconhecimento.
A responsável por essa organização foi a Igreja - a mais poderosa
instituição medieval - , que soube dirigir as atiidades dos cavaleiros no rumos
dos princípios que defendia. Assim, distribuidos em mais de 200 ordens
militares, os cavaleiros deveriam - ao menos teoricamente - fazer justiça,
defender os fracos e propagar a fé cristã. A atribuição dessas tarefas e
definição de um código de honra contribuíram para moralizar os costumes, moderar
o despotismo e forjar um novo estilo de vida.
Muito pouco se cuidava da cultura do espírito do cavaleiro. Ela reduzia-se a
rudimentos de leitura e escrita e explicações sobre os fundamentos da religião.
Cuidava-se mesmo era da educação física, do adestramento destinado a fazê-lo um
bom guerreiro. Na segunda metade do século XI, a Igreja acrescentou uma
preparação de ordem espiritual. É por isso que a cerimônia de sagração do
cavaleiro era como que um segundo batismo.
As cruzadas serviram para alimentar o prestígio dos cavaleiros e reforçar o
sentido religioso de sua atividade. A pregação das Cruzadas pelo próprio papa
começou no Concílio de Clemont, em 1095. Essas expedições, com o fim declarado
de libertar o Santo Sepulcro do domínio muçulmano, traduziram principalmente a
profunda unidade imprimida pelo cristianismo à civilização européia durante o
feudalismo. E, embora significassem triunfos militares de envergadura, exerceram
grande influência na Europa Ocidental, cujos horizontes culturais aumentaram em
contato com o mundo islâmico.
A decadência da Cavalaria
Com
a queda do feudalismo - e também como uma de suas causas - criaram os exércitos
profissionais, oferecendo-se aos aldeões em geral a possibilidade de se tornarem
soldados mercenários. Outro motivo da decadência da cavalaria foi a adoção de
novos métodos de guerra, que fizeram os cavaleiros menos necessários como classe
militar. Aparece a pólvora, desalojando a lança e a espada, apesar da
resistência dos senhores feudais, que viam seus peões capazes de lutar contra
eles e levar vantagem.
Na Idade Moderna, à medida que se aperfeiçoam as armas de fogo, a cavalaria
cede lugar à infantaria como vanguarda nas formações de combate. Entretanto
Napoleão empregou-a em suas guerras, utilizando-a em missões de exploração e
reconhecimento, com grande sucesso. Daí passou a ser usada como arma de surpresa
com poder de choque e efeito moral. As tropas de cavalaria usavam armas brancas
- sabres, espadas, punhais - só excepicionalmente ofereciam combate a pé lutando
nesses casos com armas de fogo.
História
é uma ciência humana que estuda o desenvolvimento do homem no tempo. A História
analisa os processos históricos, personagens e fatos para poder compreender um
determinado período histórico, cultura ou civilização.
Objetivos
Um dos
principais objetivos da História é resgatar os aspectos culturais de um
determinado povo ou região para o entendimento do processo de desenvolvimento.
Entender o passado também é importante para a compreensão do presente.
Fontes
O estudo
da História foi dividido em dois períodos: a Pré-História (antes do surgimento
da escrita)
e a História (após o surgimento da escrita, por volta de 4.000 a.C).
Para analisar a Pré-História, os historiadores e arqueólogos analisam fontes
materiais (ossos, ferramentas, vasos de cerâmica, objetos de pedra e fósseis) e
artísticas (arte
rupestre, esculturas, adornos).
Já o
estudo da História conta com um conjunto maior de fontes para serem analisadas
pelo historiador. Estas podem ser: livros, roupas, imagens, objetos materiais,
registros orais, documentos, moedas, jornais, gravações, etc.
Periodização da História
Para facilitar o estudo da História ela foi dividida em períodos:
- Pré-História: antes do
surgimento da escrita, ou seja, até 4.000 a.C.
- Idade Antiga (Antiguidade): de 4.000 a.C até 476 (invasão do Império Romano)
- Idade Média (História Medieval):
de 476 a 1453 (conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos).
- Idade Moderna: de 1453 a 1789 (Revolução
Francesa).
- Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.