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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A CAVALARIA MEDIEVAL
mais importante organização militar da idade média - a cavalaria - desenvolveu-se a partir do século IX, como expressão da própria maneira pela qual se estruturava a sociedade feudal. Segundo as leis não escritas daqueles tempos, só os primogênitos dos senhores da terra tinham direito integral à herança dos bens paternos. Desse modo, os demais filhos eram nobres sem fortuna - sem meios de consegui-la pela atividade econômica, não só porque negociar era considerado atividade indigna de um barão, mas também porque a Igreja condenava a obtenção de lucros através do comércio. Que meios restavam então aos indivíduos que aspirassem a conquistar prestígio, poder e fortuna? Os empreendimentos militares ou a pura e simples aventura. Assim, começaram a aparecer, em diversos países da Europa, grupos de homens armados e turbulentos, que volta e meia espalhavam o terror entre as populações camponesas, saqueavam os viajantes e assolavam aldeias e vilarejos. Em suma, eram bandidos como quaisquer outros. Com uma diferença: tinham ascendência nobre.
Mais tarde, as coisas mudaram bastante. Em primeiro lugar, a partir do século XI a cavalaria ficou organizada segundo normas mais precisas e os cavaleiros hierarquizados, sendo utiizados brasões como forma para sua classificação e reconhecimento.
A responsável por essa organização foi a Igreja - a mais poderosa instituição medieval - , que soube dirigir as atiidades dos cavaleiros no rumos dos princípios que defendia. Assim, distribuidos em mais de 200 ordens militares, os cavaleiros deveriam - ao menos teoricamente - fazer justiça, defender os fracos e propagar a fé cristã. A atribuição dessas tarefas e definição de um código de honra contribuíram para moralizar os costumes, moderar o despotismo e forjar um novo estilo de vida.
Muito pouco se cuidava da cultura do espírito do cavaleiro. Ela reduzia-se a rudimentos de leitura e escrita e explicações sobre os fundamentos da religião. Cuidava-se mesmo era da educação física, do adestramento destinado a fazê-lo um bom guerreiro. Na segunda metade do século XI, a Igreja acrescentou uma preparação de ordem espiritual. É por isso que a cerimônia de sagração do cavaleiro era como que um segundo batismo.
As cruzadas serviram para alimentar o prestígio dos cavaleiros e reforçar o sentido religioso de sua atividade. A pregação das Cruzadas pelo próprio papa começou no Concílio de Clemont, em 1095. Essas expedições, com o fim declarado de libertar o Santo Sepulcro do domínio muçulmano, traduziram principalmente a profunda unidade imprimida pelo cristianismo à civilização européia durante o feudalismo. E, embora significassem triunfos militares de envergadura, exerceram grande influência na Europa Ocidental, cujos horizontes culturais aumentaram em contato com o mundo islâmico.

A decadência da Cavalaria

Com a queda do feudalismo - e também como uma de suas causas - criaram os exércitos profissionais, oferecendo-se aos aldeões em geral a possibilidade de se tornarem soldados mercenários. Outro motivo da decadência da cavalaria foi a adoção de novos métodos de guerra, que fizeram os cavaleiros menos necessários como classe militar. Aparece a pólvora, desalojando a lança e a espada, apesar da resistência dos senhores feudais, que viam seus peões capazes de lutar contra eles e levar vantagem.

Na Idade Moderna, à medida que se aperfeiçoam as armas de fogo, a cavalaria cede lugar à infantaria como vanguarda nas formações de combate. Entretanto Napoleão empregou-a em suas guerras, utilizando-a em missões de exploração e reconhecimento, com grande sucesso. Daí passou a ser usada como arma de surpresa com poder de choque e efeito moral. As tropas de cavalaria usavam armas brancas - sabres, espadas, punhais - só excepicionalmente ofereciam combate a pé lutando nesses casos com armas de fogo.

Fonte:
http://www.pathros.org/inicial_a_cavalaria_medieval.htm

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