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quinta-feira, 2 de maio de 2013

Filme 8 Ano: OLiver Twist

 Pessoal, segue abaixo o trailler do filme que vimos em sala:

Nome: Oliver Twist
Ano: 2005
Direção: Roman Polanski




Analise do filme:
A sociedade inglesa do século XIX, nomeadamente a urbana, foi de muita pobreza e miséria para as classes menos altas, talvez por isso, a solidariedade e ajuda entre as pessoas era muito rara.


Esta nova adaptação do clássico de Charles Dickens acaba por evidenciar isso de uma forma sombria e que parece mais próxima da realidade. Assim, este filme demonstra com mestria a bondade do jovem órfão Oliver Twist e das poucas pessoas que sacrificaram tudo para ajudá-lo – provando numa sociedade com muitos “podres” que a bondade pode
compensar.
A história é conhecida: o jovem Oliver Twist é acolhido num orfanato onde a alimentação é rara e péssima e as crianças são obrigadas a trabalhar, desfiando cordas. Os órfãos eram vistos como empecilhos e gozados pela sociedade e depois de ter sido vendido a uma funerária acaba por fugir com o objetivo de chegar a Londres.

Por lá, sem nada para comer nem para fazer conhece outro jovem, Dodger, que o leva a viver com o sinistro Fagin, um homem que coordena crianças para roubar. O personagem mistura alguma bondade, malvadez e loucura. Oliver Twist – protagonizado por um jovem franzino adequado ao papel – acaba por conhecer, num tribunal depois de ter sido injustamente preso, um homem de poses, Mr. Brownlow, que o acolhe por ver bondade nele.

Sendo escrito em 1837, Dickens tinha à sua disposição um público formado pela revolução industrial. Naquela época, Londres já possuía mais de 1,5 milhão de habitantes, devido à explosão demográfica e ao êxodo rural que expulsava os camponeses dos seus terrenos. O trabalho infantil era uma das características da economia inglesa naquela época, o que ajuda a identificação com o fato de Oliver Twist ser apenas uma criança.
Estando inserido numa sociedade mesquinha, perversa, competitiva, concorrencial e individualista, Oliver Twist não se comportou da mesma forma que a sociedade britânica de sua época. E é aí que está a grande questão que Dickens retratou nesta personagem: a natureza da sociabilidade burguesa não torna essa condição própria dos seres humanos, mas a mantém restrito ao próprio desenvolvimento parcial e limitado que o capitalismo possibilita.

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